Missão de Alckmin à China promove encontro com mais de 700 empresários brasileiros e chineses

Seminário Econômico Brasil-China busca ampliação do comércio e de investimentos entre as duas maiores economias do Sul Global

Imersão de Negócios Canton Fair China
Na última quarta-feira (05/06), em Pequim, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e o representante de Comércio Internacional da China, Wang Shouwen, inauguraram o Seminário Econômico Brasil-China. O evento, realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em colaboração com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE), reuniu empresários dos mais promissores setores econômicos do Brasil e da China, como indústria, finanças, agronegócio e transição energética.
André Bianchi, sócio fundador da Global Networking, destaca a importância das iniciativas do governo e empresários brasileiros na China, que têm grande potencial de gerar negócios bilaterais. Desde 2013, a Global Networking tem atuado em missões empresariais, com Estados, China e Panamá como principais destinos.
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Geraldo Alckmin ressaltou a relevância da China como maior parceiro comercial do Brasil e um investidor significativo no país. “As oportunidades mostram o potencial de crescimento da parceria estratégica nas áreas do Novo PAC, infraestrutura, energia renovável, automotiva, carros híbridos, veículos elétricos, complexo da saúde e indústria aeronáutica”, afirmou Alckmin.
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, enfatizou o caráter estratégico do evento para as relações entre Brasil e China. “Temos a oportunidade de desenvolver uma parceria estratégica da indústria brasileira com o maior parque industrial do mundo. O Brasil pode ser um espaço para as indústrias chinesas estabelecerem parcerias com empresas para acessar mercados na América do Sul e na África”, destacou Viana.
Mapa Bilateral de Comércio e Investimentos Brasil–China

Imersão de Negócios Canton Fair China
A inteligência de mercado é essencial para identificar padrões de comércio e investimentos, oportunidades, riscos e para formular estratégias que impulsionem os produtos brasileiros globalmente. Com esse objetivo, a ApexBrasil lançou, durante o seminário, o Mapa Bilateral de Comércio e Investimentos Brasil-China, elaborado com o apoio do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).
“O Mapa Bilateral preenche um vácuo importante de conhecimento mútuo, ao consolidar dados macroeconômicos e detalhes estruturais do comércio bilateral e investimentos entre esses dois importantes parceiros”, explicou Gustavo Ribeiro, coordenador de Acesso a Mercados da ApexBrasil. Ele também destacou o impressionante crescimento do comércio bilateral nas últimas décadas, com as exportações brasileiras para a China aumentando mais de 23 vezes, ultrapassando US$ 100 bilhões em 2023. Contudo, ele mencionou o desafio da diversificação das exportações brasileiras.
“As exportações do Brasil para a China podem ir além da venda de soja, petróleo e minério de ferro, que são super relevantes, mas concentram a pauta. Juntas, essas commodities representam mais de 75% das nossas exportações. Quanto aos investimentos, a China se posiciona como o oitavo maior investidor no Brasil, primeiro asiático, e suas empresas são fundamentais na aceleração da transição energética brasileira”, concluiu Ribeiro.
De US$ 6,6 bilhões em 2003, a corrente de comércio bilateral alcançou US$ 157,5 bilhões em 2023. Em 2009, a China superou os EUA como principal destino das vendas externas do Brasil, e em 2023, os embarques brasileiros para a China ultrapassaram US$ 100 bilhões. No entanto, a pauta exportadora brasileira é ainda concentrada em três grupos de produtos: soja, petróleo e minério de ferro, que juntos representam 75,1% do total exportado para a China.
O estudo ressalta a importância da China como fonte de divisas estrangeiras para o Brasil. Em 2023, o superávit de US$ 51,2 bilhões com a China representou 51,7% do superávit total do Brasil.
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As relações com Pequim também são estratégicas para o Brasil em termos de investimentos estrangeiros diretos (IED). O estoque de capital chinês no Brasil, que em 2010 totalizava US$ 8 bilhões, alcançou US$ 37 bilhões em 2022. Além de ter superado o Japão como maior investidor asiático no Brasil, a China já ultrapassou investidores históricos como Alemanha e Itália.
O setor de energia é o mais relevante em termos de valor, com mais de US$ 14 bilhões investidos por empresas chinesas no Brasil, representando 40% do total. A indústria extrativa vem em seguida, com participação de 39%, destacou Gustavo Ribeiro.
Resultados da missão à China

Imersão de Negócios Canton Fair China
Durante a visita do vice-presidente Geraldo Alckmin à China, a ApexBrasil e a Luckin Coffee assinaram, em 5 de junho, em Pequim, um Protocolo de Intenções para promover o café brasileiro no mercado chinês. O acordo visa aumentar a conscientização sobre a alta qualidade e a sustentabilidade ambiental do café brasileiro. A parceria faz parte do projeto “Brasil na Vitrine”, da ApexBrasil, para estimular as vendas de produtos brasileiros no varejo internacional.
Outro resultado da missão foi a parceria entre a ApexBrasil e o distrito de Yangpu, em Xangai, para promover a internacionalização de empresas brasileiras e atrair investimentos. O Memorando de Entendimento prevê eventos conjuntos de inovação, showrooms, estações de trabalho, avaliação de modelos de negócios, mentoria e business matching, além de conectar empresas brasileiras de tecnologia com investidores chineses e apoiar empresas de Yangpu interessadas em investir no Brasil.
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Veja o que Clodoaldo Araújo, que já participou de missões conosco no Vale do Silício nos EUA, no Panamá e agora na China, tem a dizer sobre a experiência.